Sete pessoas acusadas de fazer parte de quadrilha especializada em assaltos a bancos em Mato Grosso, na modalidade “Novo Cangaço”, foram presas, esta manhã, em operação conjunta entre o Ministério Público do Estado, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Batalhão de Operações Especiais (Bope). Eles foram localizados em Cuiabá, Várzea Grande e Nobres, com munições de uso restrito, calibre 762; um veículo Fiat Strada adaptado para o transporte de fuzil e grande quantidade em dinheiro (valor ainda não informado)
De acordo com a assessoria do MP, “eles foram responsáveis por crimes praticados nos Municípios de Paranatinga, Rosário Oeste e Campo Novo dos Parecis”. Os decretos de prisão foram expedidos pelo juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto.
As prisões só foram possíveis a partir do trabalho de inteligência realizado desde a tentativa de assalto ocorrido na agência do Banco do Brasil do Município de Paranatinga, no dia 04 de julho desse ano. Um dos envolvidos, Paulo Henrique Alves, chegou a ser preso pela polícia militar e foi resgatado por seus comparsas, mas seus documentos pessoais ficaram em poder dos policiais, o que facilitou na sua identificação e consequentemente na de seus parceiros.
“Durante o período de monitoramento realizado pelo Gaeco, apurou-se que os assaltantes foram responsáveis pelo arrombamento do caixa eletrônico do Banco Bradesco de Rosário Oeste no dia 16 de julho, bem como pelo roubo do Banco do Brasil que aterrorizou o Município de Campo Novo dos Parecis no último dia 30 de agosto, de onde foi levado cerca de R$ 1milhão”, informa o Ministério Público.
O Ministério Público informa nomes dos presos e a função que cada um desenvolve dentro do grupo:
Carlos Eduardo Sobrinho – usava também o nome falso de Anderson Gonçalves Soares e apelido de “Trutinha” – preso no aeroporto Marechal Rondon com cerca de R$ 50 mil. Como ele já estava na pista rumo ao avião que o levaria até São Paulo o Gaeco contou com a colaboração da Polícia Federal para fazer a prisão.
Paulo Henrique Alves – preso em uma oficina em Várzea Grande – tinha o papel de apoio logístico dentro da quadrilha.
Jelso Bazzo Junior- conhecido como sabugão – preso na cidade de Nobres – tinha o papel de apoio logístico dentro da quadrilha, possuía uma chácara em Nobres onde os criminosos se reuniam para planejar os assaltos. Era também o responsável pelo transporte dos comparsas. Já havia sido preso no roubo do Banco do Brasil da cidade de Canarana no ano de 2009.
Paulo Sergio Alves de Souza – conhecido como PC – Paulo Ceará – preso em Várzea Grande ocasião em que o Gaeco localizou em seu poder a quantia aproximada de R$10 mil. Considerado como linha de frente da quadrilha, responsável pela prática direta dos assaltos.
Francisco Hélio Bezerra Feitosa – preso em Várzea Grande na companhia de Paulo Sérgio Alves de Souza.
Fábio Pereira Aguiar – preso em Cuiabá – Funcionário de uma loja de caça e pesca na capital Fábio se utilizava da formação como mecânico de armamento para garantir o bom funcionamento das armas utilizadas pelo bando.
Evodio Alves de Souza – preso em Várzea Grande – era o responsável em fornecer os veículos utilizados pela quadrilha para realização dos roubos.
Foragidos mas que, de acordo com o GAECO, podem estar usando nomes falsos:
Bruno da Silva Malta – Líder da quadrilha – usa o nome falso de Lindomar Alves de Almeida.
Alexandro Pereira dos Santos – usa o nome falso de Paulo Cesar Alves – apoio logístico.
Jonas Ribeiro da Costa Filho – vulgo Velho – auxiliava Bruno no planejamento das ações do grupo, também responsável em esconder o armamento.